Em primeiro lugar vamos entender religiosidade e religião:
No senso comum, religião é entendida como prática religiosa. Religião e religiosidade são conceitos completamente diferentes. Religiosidade é uma condição inata, um atributo que nasce com o homem, natureza construtiva que o impele para viver em paz, social e individualmente. Religião é instituição humana, criada por homens, cujo objetivo é cultuar entidades divinizadas cultuadas como superiores á natureza humana. As religiões são instituições com ideologias polimorfas, com rituais diferenciados (culto, missa), com representantes personificados (pastor, padre, rabino) e com hierarquia e funcionamento semelhante aos de uma empresa, no que se refere á administração de bens, estrutura de organização e objetivos a atingir.
Algumas diferenças podem ser percebidas entre um conceito e outro, por exemplo: Religiosidade é condição atemporal, individual, inerente ao plano da imaginação e do sentimento; religião é temporal, grupal, ideológica, socialmente organizada. Religião se organiza por dogmas e hierarquia do grupo religioso; religiosidade se manifesta por atos mediados pelo bom senso (índole) individual. Religiosidade é manifestação desvinculada de interesses materiais e corporativos; religião é influenciada por esses fatores. Religião se origina da formação de classes numa sociedade (elites): governantes, sacerdotes, militares; religiosidade é uma condição intrínseca ao “modo de ser” espiritual de cada indivíduo.
O que tento explicar é que religiosidade é aquele vazio, aquela necessidade do divino que vem dentro de cada um de nós quando nascemos por termos sido desligados da comunhão direta com Deus quando o pecado entrou na natureza humana lá no Éden. É a vontade de reencontrar, estar novamente nos braços do Criador. Por conta do pecado ficamos desligados, numa linguagem mais atual, desconectados. A criatura separou-se do seu criador.
Durante muito tempo os cristãos latinos sustentavam a definição de Cícero de que "religião" era procedente de re-ligio e deriva-se do verbo re-legere, ou seja, "reler ou interpretar ao pé da letra" que, por extensão, significa cuidadosa reconsideração e profunda concentração da mente em estudo que reclama respeito e reverência. Esta é, provavelmente, uma das razões pelas quais os cristãos latinos eram identificados como aqueles que liam os seus escritos e neles retornavam pela busca do sagrado.
Porém, Lactâncio, antigo escritor cristão, afirmou, contrariamente a Cícero, que o vocábulo procedia do verbo latino re-ligare, "tornar a ligar; amarrar de novo". De acordo com a hermenêutica de Lactâncio, religião tratava-se de "um religamento das relações entre o homem e Deus".
Mas as revisões continuaram e outros sugeriram que procedia de re-eligere, ou seja, "voltar a escolher", como se o homem voltasse a escolher em definitivo a vida em direção ao sagrado. A filósofa brasileira Marilena Chauí, define o termo religião também a partir do étimo latino. Para a autora religião procede de religio, formada pelo prefixo re (outra vez, de novo) e o verbo ligare (ligar, unir, vincular).
Definidos os parâmetros entre religiosidade e religião, concluímos que hoje nem eu nem você precisamos de nenhuma das duas: nem da religiosidade, nem da religião!
POR QUÊ?
1º - Já não existe mais motivo para vazio no coração humano. Imagine o sapatinho da Cinderela que só cabia no seu pé; a forma perfeita para o objeto perfeito. Deus é a forma perfeita e nós o objeto a ser preenchido por essa forma maravilhosa.
Mas se eu estou desligado de Deus, como poderei ser preenchido por Ele?
2º - JESUS, o nosso re-ligio, re-legere, re-ligare; foi enviado pelo próprio Deus para reaproximar-nos de Si.
Resumindo: religiosidade nos leva a uma procura constante – nós não precisamos disso. Em João 3: 16 está escrito: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
E em João 14:6 o próprio Jesus diz: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
Não é mais necessária a procura, Deus enviou Jesus que nos mostrou o caminho e com sua morte na cruz e ressuresção nos religou ao Pai.
É necessário entender que enquanto a religiosidade nos leva a uma eterna procura, a religião acaba por fazer do religioso um cumpridor de regras, cego, muitas vezes fanático e obsecado.
Tiago nos fala da religião pura:
“A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.” (Tiago 1:26-27).
Então a própria Bíblia fala de religião, e pura?
Claro, Tiago está nos remetendo ao estilo de vida de Jesus Cristo. É por isso que o Cristianismo não é uma religião, mas um estilo de vida. Jesus é a nossa religião e já nos reconciliou com o Pai. Você conhece mais alguém que tenha morrido para te garantir vida eterna
(Romanos 5:10) - Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.
Agora, como entender a fé?
(Hebreus 11:1) - Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem.
É a fé que nos leva ao perfeito entendimento de que Cristo é o nosso caminho de volta ao Pai, que Ele mesmo deixou-nos o Espírito Santo, o Consolador.
(Lucas 17:5) - Disseram então os apóstolos ao Senhor: Acrescenta-nos a fé.
Se você pensa que ter fé é algo que vem de você mesmo, está terrivelmente enganado, na Bíblia encontramos várias passagens onde os discípulos e os que seguiam Jesus pediam a ele que lhes aumentasse a fé, portanto: a nossa fé vem de Deus, ela não é nossa, é a Fé de Deus em nós.
Por nós mesmos não teríamos condição alguma de crer naquilo que não vimos, (João 20:29) - Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.
Sendo o homem, pois liberto da religiosidade e dos dogmas das religiões, dos rótulos e das máscaras, tendo em seu coração uma fé inabalável, genuína, vinda do próprio Deus e direcionada de volta para Ele, tendo como único intercessor o Filho, Jesus Cristo, que morreu e ressuscitou para a salvação de todo aquele que crê, tudo se faz novo, nascendo um nova criatura!
(2º Corintios 5:17) - Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.
(João 8:32) - E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.
Jesus é a Verdade!
(João 8:36) - Se, pois, o Filho (Jesus Cristo) vos libertar, verdadeiramente sereis livres.
A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem.
Logo, nada mais pode te impedir de se achegar à presença de Deus, o preço já foi pago com o sangue de Jesus, que morreu e ao terceiro dia ressuscitou para a glória de Deus Pai.
Um abraço no seu coração
Fique na Paz e na Graça do Senhor Jesus
Pr. William Thompson