domingo, 4 de novembro de 2012

- A BOA, AGRADÁVEL E PERFEITA VONTADE DE DEUS!




Este artigo que você começou a ler está na minha cabeça há mais de dois anos, desde agosto de 2010. Foi um ano muito difícil, acho que o mais difícil de toda a minha vida, pois num espaço um mês e vinte dias perdi meu pai e minha mãe. Dois golpes duríssimos da vida, não somente sobre mim, mas sobre toda a minha família. Eu nunca tinha imaginado estar no velório do meu pai, tampouco da minha mãe. É como se eles fossem imortais, pelo menos para nós, filhos. Era antevéspera do dia dos namorados, 09 de junho de 2010. Eu e minha esposa resolvemos sair de nossa casa, em Cachoeiras de Macacu e virmos a um Shopping Center em São Gonçalo, bem próximo à casa dos meus pais (onde eu moro hoje) e resolvemos dar uma esticada até lá para jantarmos com os velhos. Meu pai sempre foi uma pessoa muito expansiva, alegre, vascaíno doente e foi uma noite muito interessante. Ele contou que ficara mais de uma hora no telefone falando com minha irmã que mora em Curitiba, que meu irmão mais novo trouxera a filhinha recém-nascida para que ele conhecesse, e foi contando que todos os filhos o tinham procurado nos dois últimos dias e que dos seis, só faltava eu. Jantamos, dei um beijo e um abraço no meu pai, outro na minha mãe e voltamos para casa. Quando acabei de colocar o carro na garagem minha filha mais nova, Jenifer, veio correndo e pediu que eu atendesse ao telefone, era meu irmão e ele estava chorando muito. Atendi e ouvi: “papai teve alguma coisa, caiu aqui e eu acho que ele está morto”!
Minhas pernas travaram, o coração disparou, eu só pude pensar em uma coisa: “ponha-o no carro e vá para o hospital, eu vou retornar”! (era aproximadamente uma hora de viagem).
Quando eu e Marlan chegamos ao hospital já estavam todos lá e, ao longe, eu já pude entender que o pior acontecera: meu pai estava morto!
É impossível colocar em palavras o sentimento que me invadiu quando vi meu pai ali, deitado dentro daquela urna mortuária, mas como filho mais velho, tive que tomar a frente dos acontecimentos e ver documentação, funerária, cemitério e tudo mais. Quando o esquife estava para sair a  minha vontade era pedir para que não fechassem o caixão, pois ele poderia ressuscitar e se a urna estivesse aberta ele poderia sair, empurrar a tampa da gaveta e voltar para casa e eu pedia em silencio: “Deus traga meu pai de volta”!
Ele havia se reconciliado com Deus há apenas quinze dias, depois de uns oito anos afastado dos caminhos do Senhor. Mas eu não fui atendido.
Foi difícil, mas a vida continuava seu curso natural e alguém me disse: “seu pai foi um homem especial, pois ele nunca teve a tristeza de sepultar um filho e todos os filhos estão aqui para sepultá-lo”!
Dia 29 de julho de 2010, por volta das onze horas da manhã o telefone toca e uma vizinha de minha mãe, muito nervosa dá a notícia: Tia Jô (como era carinhosamente chamada por todos) estava passando muito mal e  havia sido levada para o pronto socorro. Imediatamente eu e minha esposa nos deslocamos para o hospital e quando chegamos lá o médico deu a seguinte informação: “... ela teve um A.V.E (acidente vascular encefálico) de grandes proporções, o cérebro está tomado de sangue e qualquer intervenção poderá ser o fim, vamos esperar as próximas setenta e duas horas para ver a reação aos medicamentos e saber qual a melhor atitude deverá ser tomada”!
Iniciamos um rodízio no plantão até que no dia seguinte o neurologista disse: “se ela sair desse A.V.E ficará com sequelas graves; não vai andar, não vai falar, vai viver como um vegetal”! Mais uma vez minhas pernas travaram a voz falhou e só me restou clamar, mas no domingo dia 31 de julho de 2010 minha mãe faleceu e os mesmos sentimentos tomaram conta do meu coração, ainda dolorido pela perda do meu pai.
Mais uma vez eu comecei a clamar dentro de mim, pois sei que o Senhor estava como está agora, me sondando e sabia o que eu pedia: “Senhor traga minha mãe de volta”. E um primo muito querido permaneceu aproximadamente uma hora ao lado do caixão orando e eu sabia que ele estava pedindo o mesmo que eu: “ressuscita a tia Jô”! Mas nem eu nem ele fomos atendidos!
Mas em I João 5:14-15 está escrito:
14 - E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. 15 - E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos. Então porque o Senhor não me atendia?
A partir daí eu comecei a questionar a Deus, pois na sua Palavra Ele nos diz que em nome de Jesus nós ressuscitaríamos mortos e faríamos coisas maiores do que as que Ele fez. E por muitas e muitas vezes eu passei longos momentos no meu quarto de escuta esperando que Ele me desse uma resposta. Até que um dia Deus falou claramente ao meu coração: “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal”! Como pedi mal? Tudo que eu desejava era que meu pai e minha mãe voltassem da morte e, mais uma vez Ele me levou para Tiago 4:3 -
Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para os vossos vãos deleites. E o próprio Deus passou a ministrar no meu coração: quando Jesus ressuscitava os mortos era simplesmente para mostrar que ele era Deus e que as pessoas precisavam crer nEle para encontrar o caminho da salvação. Mas Ele me chamou para mais alguns detalhes importantes:

1º todas as pessoas que Jesus ressuscitou voltaram a morrer;

2º Jesus nunca chamou atenção para si nas maravilhas que fazia, mas tudo Ele atribuía ao Pai;

3º Se meu pedido ou o do meu primo fosse atendido, provavelmente entraríamos numa discussão para saber de quem era o milagre;

4º imediatamente uma multidão iniciaria uma procura interminável para que orássemos por pelas pessoas, muitos pagariam para que estivéssemos nos velórios orando para ressuscitar seus entes queridos;

5º Vaidade, orgulho, soberba, jactância, egoísmo, egocentrismo, ganância e tantas outras coisas iriam tomar conta de nossas vidas;

6º E disse ainda o Senhor: “estou te poupando de todos esses pecados e problemas e ainda de um segundo sofrimento, pois certamente assim como as pessoas que Jesus ressuscitou voltaram a morrer seus pais também voltariam à morte, portanto você está sofrendo somente uma vez por cada um, sem contar que se eles voltassem à vida pode ser que você morresse antes deles e a dor que um pai e uma mãe sentem ao perder um filho é muito maior do que a sua e de seus irmãos”.



Aí o texto fez toda diferença: Tiago 4:3 -
Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para os vossos vãos deleites.

Eu sei que no momento de perda, tudo que nós queremos é recuperar o que se perdeu, mas a Palavra diz em Romanos 12:2 - E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.

Portanto o nosso inconformismo tem que ser com o mundo, pois a vontade de Deus é boa, agradável, e perfeita e humanamente falando, seria injusto, depois de alguém já estar na glória, face a face com o Filho, em perfeita adoração, voltar a este mundo de assolações e dores. Era o meu egoísmo que me fazia pedir tal coisa a Deus!

Perdão meu Deus por querer mais minha vontade, que a Tua. Que o Teu querer cumpra-se em todas as áreas da minha vida e de cada leitor deste artigo e que eu Te busque até ser perfeito contigo, na glória por toda a eternidade. Amém!!!


Um Abraço no Seu coração
Fique na Graça e na Paz do Senhor Jesus
Pr William Thompson




- EU NÃO CREIO EM DEUS!

  Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que espera...