terça-feira, 24 de outubro de 2017

- A ORAÇÃO DE RABIA - 800 dC.




Gostaria que todos, sem exceção, deixassem as resistências ou parcialidades de lado, para refletir de forma acurada sobre o alto valor da metáfora  implícito nesta oração:

“Se eu Te adorar por medo do inferno, queima-me no inferno. Se eu Te adorar pelo paraíso, exclua-me do paraíso. Mas se eu Te adorar pelo que Tu és, não escondas de mim a Tua face”.(Rabia 800 D.C.)

A bela e significativa oração de Rabia (mulher Iraquiana - 800 DC), resumiu para mim tudo que eu sempre queria dizer, que há tantos anos estava latente em meu ser, e eu não conseguia passar para o meu interlocutor, pois não tinha sabedoria ou palavras para expressar convenientemente essa “Grande Verdade”. Algumas vezes que tentei expressar o meu ponto de vista sobre este tipo de “amor” que para existir não necessita de uma troca, fui muito mal compreendido.

Imediatamente após ler essa interessante e sábia oração, me veio à lembrança a Parábola do “Bom Samaritano”. A oração de Rabia trouxe para bem perto de mim a figura do Samaritano (excluído da sociedade). Samaritano, como os demais, considerado por muitos como um ser da pior espécie. No entanto, moveu-se de “ÍNTIMA COMPAIXÃO”, porque não dizer “AMOR” prestando imediato socorro a um homem que havia sido assaltado, despojado e espancado, e que jazia quase morto a beira da estrada (Lucas 10: 30 - 37).

Não me passa, nem nunca passou pela minha cabeça, que aquele ato de AMOR demonstrado pelo Samaritano estivesse vinculado a alguma coisa em troca. O samaritano excluído e marginalizado viu naquela cena a imagem de si próprio refletida no espelho de sua consciência.

Não! Não! Não tenho nenhuma dúvida, que se houve uma oração por parte do “Bom Samaritano”, foi uma oração idêntica à inspirada por Deus no coração da sua serva “Rabia”.

Amor ao próximo é a maior prova de adoração a Deus (quem fizer a um desses a Mim o faz). Sim, é possível amá-Lo sem pensar em recompensa ou castigo ─, que me perdoem os pregadores de galardões.

Prefiro mil vezes acreditar nesse tipo de amor (do Bom Samaritano), do que me render ao “amor” que barganha, que busca os próprios interesses, através de um “pragmatismo gospel” que mais parece um MERCADO de coisas, supostamente apresentadas como sagradas.

Esse espírito de mercado vem de muito longe, pois os filhos de Zebedeu, à época de Cristo, queriam negociar o Reino de Deus, pedindo assentos à direita e à esquerda do Seu Trono. Cuidavam que se devesse servir a Deus por algo que não é Ele mesmo.

Em resumo, a história do “bom samaritano” se converte hoje naquilo de mais emblemático que Cristo deixou para os que querem entender que no relacionamento humano, o AMOR não pode estar atrelado a CONDICIONAMENTOS ou TROCAS.
ELE É DE “GRAÇA” MESMO.

A compaixão, de que foi portador aquele samaritano foi espontânea e íntima. Compaixão que não tem esses atributos é pura exibição ou representação. E como qualquer representação, está presa aos falsos valores das estratégias mercadológicas.

Ame a Deus pelo que Ele é. Que Jesus derrame sua Graça sobre nós e aprendamos a depositar inteiramente nossas vidas Nele!


Um abraço no seu coração
Fique na Graça e na Paz do Senhor Jesus
Pr William Thompson

Rabia Al-Adawiya, nasceu em circunstâncias humildes, e foi vendida como escrava quando era ainda criança. Mais tarde, fixou residência em Basra onde alcançou grande fama como uma santa e pregadora e foi muito estimada por muitos dos crentes contemporâneos. A data de sua morte é estabelecida entre 752 e 801. A ela é atribuída uma grande parcela na introdução, no misticismo islâmico, do tema do amor divino. Sua tumba costuma ser apontada como estando perto de Jerusalém. Vida de Rabia Na noite em que Rabia nasceu, não havia nada na casa de seu pai; 



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